Muita gente diz que um dos mais talentosos estilistas
brasileiros, Alexandre Herchcovitch não
é mais o mesmo sem os seus sustos, surpresas, olhares arregalados ou silhuetas
improváveis. Para o verão de 2014, o estilista mostrou uma coleção comportada e
feminina; cintura marcada, vestidos ricos como o xantungue de seda, o cetim, o crepe e o risca-de-giz veio não linear. Colocou vestidos-casaco na passarela,
tomara-que-caia e preferiu a estampa gráfica das listras aos desenhos. Um
Alexandre de olho nas vendas.
A Amapô brincou com a moda, um look meio sereia, outro meio
dândi, passando a sensação de que foi feito assim, meio na brincadeira. A
coleção teve inspiração na praia e no mar, e graças a Deus não mostrou o navy,
apareceu os jeans metalizados furta-cor, os tecidos pretos com estampa de
deuses marinhos, as pinturas tie-dye e os tecidos trançados, uma fusão de fundo
do mar com os hippies.
Juliana Jabour teve como seu ponto forte os tecidos, alguns
finos combinados com outros grossos, além das sobreposições, blusas amplas,
jaquetas, saias, shorts e vestidos curtos.
Fora os lindos jeans délavé e cor-de-rosa tie-dye e os longos vestidos
fluídos de festa.
A Osklen não foi diferente de outras edições e apresentou
uma coleção confortável, naquele limite entre o chique e o despojado. A
diferença veio nas cores fortes, fez uma modelagem mais soltinha, o corpo
aparece nas costas de fora, nas alças muito finas e nos decotes em V. Os
conjuntinhos que já apontam como febre da temporada, aparecem estampados ou
lisos. Listras de gravatas, estampas de diamantes em tons fechados, rebordados
de pedrarias, transparências, vestidos curtos em camadas; uma grande
variedade. No masculino, a proposta é o
tricô rústico, o algodão pesado, bermudas e algumas estampas, como a de abacaxi
na barra. E para ter um pouco de conceito aparecem as peças de plástico
transparente.
Samuel Cirnansck mostrou uma coleção inspirada no dia de uma
flor, de seu desabrochar, passando por seu esplendor, até o momento que ela se
fecha ou morre. Mais uma vez o oriente esta presente, aparece tanto nos ricos
bordados como na seda comprada na Índia com as cores usadas no país. As formas, as camadas e recortes, tudo passa
pelo universo das flores. Os vestidos começam mais justo, que são as flores em
botão; depois com saias mais volumosas e amplas, em cores fortes, que
representam o esplendor; e o final é marcado por silhuetas justas em dourado
velho.
E para encerrar este penúltimo dia a Colcci mostrou tanto a barriguinha de fora como modelagens amplas. Muita camiseta de manga larga,
colete grande, calça ampla, jaqueta bomber e vestido que quase não marcava o
corpo. Nosso Brasil foi lembrado pelas cores na passarela: verde, amarelo e azul,
tanto juntos como separados, assim como o branco e o preto.
Rumo ao final da temporada de desfiles,
As Elisas!
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