Este ano para mostrar as coleções de Verão 2014, em sua 35ᵃ
edição, a Bienal teve uma produção sustentável feita pelos irmãos Campana. Um
ambiente que une o simples (representado pela madeira, piaçava e o mandacaru) à
inovação e ao luxo (representados pela arquitetura do prédio da Bienal, sob
autoria de Oscar Niemeyer, e pelo dourado, que tonifica toda a cenografia da
edição).
Com um time desfalcado, este ano não vão desfilar Reinaldo
Lourenço e André Lima, aparentemente os estilistas estão se esforçando para
isso não ter tanta evidência. As coleções do primeiro dia foram bonitas e se
mostraram melhores que, pelo menos, as últimas três edições.
A primeira a desfilar no final da tarde foi a Animale, com a
modelo gringa Karlie Kloss. Do referencial Bali como tema central, Priscilla
Darolt mostrou tecidos superleves, como seda e jérsei com estampas de
folhagens. Usando as listras e o xadrez cor-de-rosa, verde, laranja e azul,
mostrou um pouco da cultura pop. Mas sem dúvidas a estrela do desfile foi a
assimetria, aparecendo em todos os looks e se antes a moda era usar pulseiras
gêmeas nos dois pulsos, para a Animale a moda agora vale também nos tornozelos!
A segunda a mostrar sua coleção foi a Cori, que trouxe a
praia para a cidade. Peças claras e delicadas em uma modelagem de alfaiate, em
tecidos grossos, como couro, camurça e cetim estruturado. Uma coleção que veste
meninas jovens, urbanas e sofisticadas.
A coleção de Tufi Duek veio sexy, chic e minimalista. Embora
o release falasse de Picasso, os anos 1990 foram notados pelas calças
sobrepostas por saias, assim como os piercings entre os olhos das modelos e as
mãos com vários aneis. Nos pés apareceram escarpins no estilo Mary Jane.
Agora, para fechar a noite com chave de ouro Marcelo Sommer,
em seu retorno como diretor criativo trouxe não só um desfile e sim um show da
Cavalera. Com apresentação de Tony Tornado, dançarinos, cenário, modelos se
remexendo ao som de Jacksons 5, camisetas estampadas, partchwork de jeans,
cinturas altas, blazers, oxfords e plataformas, top em formato de coração,
franja, paz, amor, black power, os anos setenta vieram a passarela em uma ótima
forma para os dias de hoje. Transmitindo uma vibe super boa era o que todos
esperavam para fechar a noite, notava-se pelo sorriso de Paulo Borges.
E amanhã tem mais SPFW,
Beijos, As Elisas!
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